Chega de Saudade
Queridos leitores, me perdoem a ausência! Ando ocupada por estar escrevendo o livro, mas hj tem post especial!
Sabe quando a gente ri a toa? Confesso que isso acontece muito comigo e de uns tempos pra cá, ainda mais.
Às vezes rio quando fico nervosa, acho que é puro disfarce... Mas o engraçado é que ultimamente tem sido freqüente. Tenho sentido a falta dela, caracterizada de pura e essencial saudade. Parece que as musicas, cheiros, lugares tem me perseguido ao ponto de acelerar essa nostalgia. Já faz quase 1 ano e acredito que cheguei num ponto em que não sinto mais raiva nem pesar. Acho que já cheguei ao famoso estágio do perdão, onde o passado não importa mais. A regra é olhar adiante.
Sabe também quando a gente lê algo e percebe que já se enquadrou no texto? É como as músicas que falam conosco. Esse texto, embora pequeno, me fez lembrar a época que eu queria muitos “quereres”.
Eu quero correr pra deitar na cama primeiro, e você ter que apagar a luz do quarto.Eu quero sorrir para você, quero analisar cada detalhe de seu rosto, do seu corpo.Quero amar seus defeitos, e me apaixonar por suas qualidades.Quero observar suas manias, teu jeito de falar e sua maneira de andar.Eu quero parar no tempo quando estiver com você.Quero te levar para o fim da praia, e te obrigar a pegar conchinhas comigo
Ao ler tudo isso, eu me lembro de quando eu queria viver esses momentos com ela, e de como essas ilusões me preenchiam.
Eu me lembro do rosto dela e de cada curva que tinha
Eu me lembro do biquinho que a boca fazia enquanto ela lia alguma coisa. Como se estivesse analisando.
Eu me lembro do beijo. Lembro de como ela costumava beijar e dizer coisas ao mesmo tempo.
Eu me lembro quando ela ligava e carregava na voz um Q de suspense e surpresa.
Eu me lembro dela ao acordar e quando tinha sono.
Eu me lembro de quando ela me ligava e dizia que estava chegando, e eu nem estava esperando.
Eu me lembro que com ela eu desejei estar em Notting Hill, Cabaninhas na cama, praia, ou estar onde ela estivesse.
Eu me lembro que com ela eu desejei estar em Notting Hill, Cabaninhas na cama, praia, ou estar onde ela estivesse.
Eu me lembro que desejei ser e estar a altura. Sem me dar conta que eu sempre estive.
E por fim, me lembro da sensação que acabo de ter, ao ter lembrado tudo isso. Não é mais ciúme, pois nunca foi. Não é mais raiva, pois nunca a tive. É só saudade.
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