Porque eu a escolhi...




Por ela eu manifestaria. Sairia da minha zona de conforto contínua e gritaria.
Para ela eu daria minha mascara de respirar e se fosse para escolher, ela seria por quem eu daria minha vida.
Se fôssemos mães, eu saberia que ela seria tão boa quanto eu. Seria mais paciente e detalhista... Ela mereceria viver.
Eu saberia que ela cuidaria de cada parte do nosso filho. Que ela compraria luvas em dias de inverno e protetor solar para o verão.
Que ela poria pedacinhos de espuma nos cantos das mesas para ele não bater a cabeça e protetores nas tomadas pra não levar um choque.
Eu sei que ela não esqueceria o remédio e que os cobriria 10 vezes durante a noite se fosse preciso.
Que ela os traria pra perto do corpo quando eles estivessem conosco na cama. Assim como já fez comigo, enquanto eu dormia e se encolhia no beirada da cama.
Ela seria a melhor mãe do mundo porque no final da noite ela recolheria os brinquedos com afeto, e não por obrigação. E a cada um que ela guardasse, eu já poderia prever sorrisos satisfatórios sobre como nosso filho faz bagunça.
Eu já poderia vê-la na hora do banho fazendo moicanos com o shampoo e tirando fotos. Fotos essas que relevaríamos e ganhariam espaço em porta retratos no aparador da sala.
Ela seria a melhor mãe porque ela é doce, é compreensível e paciente. Ela daria jujuba para curar arranhões, e bolinhas de sabão para esquecer a picada de vacina.
Ela seguraria nosso nenê recém-nascido no peito e à meia luz o faria dormir, andando pra lá e pra cá, ao som de alguma musica calma.
Ela seria aquela que assistiria aos desenhos com ele, e no final da noite eu os cobriria por pegarem no sono, com balde de pipoca e doces.
Ela daria um presentinho, amarraria o all star dele, seguraria em sua mão no primeiro dia de aula. Passaria a confiança de que aquele dia seria o primeiro de muitos dias na escola. Explicaria que ele faria amigos, brincaria e teria uma professora legal. Toda a confiança que ela já passou pra mim, nos meus primeiros dias num emprego novo.
Ela faria festa quando seu dente de leite caísse e tiraria fotos de suas janelinhas.
Eu já poderia imagina-lo: Branquinho, do cabelo ruivo? Castanho claro?  E cacheado igual o dela. Eu poderia passar a mão por entre os cachinhos e sentindo o corpinho frágil e perfeito dele. Seus olhos desbravadores...
Poderia ouvi-lo dizer “MAMÃE” e imagino quais apelidos daríamos a ele: Vida, meu amor, baby, lindeza da mamãe...
Ela seria a melhor mãe que eu poderia querer para meu filho. Ela seria a melhor amiga dele, e se ajoelharia diante dele para explicar os motivos do porque das broncas.
Ela seria a melhor mãe porque se ela cuida de mim tão bem, eu não poderia querer outra pessoa pra cuidar dele.

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